Neste momento específico que o país vem vivenciando uma crise na economia, no mercado e na política é realmente difícil manter a estabilidade financeira e emocional. Ao vermos jornais, revistas e telejornais, percebemos o quanto a situação atual é dramática.
Porém, muitos empreendedores, nesta época, entendem que é na crise que nascem as grandes ideias e as soluções que nunca antes foram pensadas, pois quando o ser humano passa por alguma dificuldade, ele é obrigado a superar ou sucumbirá. Basta consultar a história… de onde veio o leite em pó, a transfusão de sangue, as máquinas mais modernas que salvam vidas nos hospitais etc.
As empresas master franqueadoras estão vendo as suas vendas aumentarem. Muitas pessoas estão pegando o dinheiro de sua rescisão e investindo em um tão sonhado negócio próprio; colegas consultores estão desenvolvendo planos de negócios para muitos pequenos empreendedores que estão cansados de esperar se recolocar no mercado. Já alguns profissionais, mais seniores, estão aproveitando o momento para se pseudo-aposentar e desenvolver algum projeto engavetado há muito tempo, como um projeto social ou um negócio de impacto social.
Tudo parece muito fácil, porém, na vida real, e na visão de quem já é empreendedor há algum tempo, é necessária muita cautela. É preciso ter um bom plano de negócios, bons financiadores, conhecer bem o mercado, o seu produto ou serviço e, mais que tudo, fazer brilhar os seus olhos para aquilo que você está fazendo, obviamente, sem que isso te deixe cego ou no mundo da lua, pois negócio é negócio, tem que ter retorno.
Para ajudar ainda mais, existem muitas incubadoras ligadas às universidades de todos os tamanhos e classes sociais, como a incubadora da ESPM, em São Paulo e em Porto Alegre, que tem colocado vários negócios na rua. Na capital paulista são mais de 50 empresas funcionando graças às orientações e apoio aos empreendedores, feitos por profissionais professores.
No Rio de Janeiro, tive a experiência, em um momento de pré-aceleração do programa Startup Nave, da Estácio, no qual as várias ideias passaram por treinamentos, modelagem de negócios e apresentações. Algumas destas com total ligação aos temas de sustentabilidade e economia colaborativa.
Entre as empresas aceleradas estão o app Bus Online (www.busonline.com.br), que ajuda na mobilidade urbana informando, e o
Risk Life www.risklife.com, um game para profissionais da saúde visando desenvolver a tomada de decisão e o conhecimento no Sistema Manchester, implantado pelo Ministério da Saúde
Uma outra ideia, ligada á economia coletiva, é o Sociedade do Sapato (www.sociedadedosapato.com.br), um site de assinatura de sapatos por locação. E ainda o TáDevolvido (www.tadevolvido.com.br)
um site para aqueles que perdem suas coisas.
Na área específica de negócios sociais existe o Yunus Negócios Sociais Brasil que aceleram iniciativas que buscam fazer mudanças na sociedade. Outra aceleradora para os negócios de impacto social é a Artemísia, que já orientou mais de 50 organizações nos últimos três anos.
Desenvolver o seu negócio com apoio e orientação pode ser uma forma de ter mais chance de sobrevida. Porém, tudo isso dependerá do seu empenho, dedicação e muitas horas de trabalho para conseguir transformar este sonho em realidade. Prepare-se para ser um empreendedor mais sustentável!